Percentual de famílias endividadas supera a marca de 90% no RS

Por Regional 24 Horas em 13/08/2024 às 11:44:57

Pela primeira vez no ano, o percentual de gaúchos endividados ultrapassou a marca dos 90,0%. Aos 91,2%, o percentual foi maior que o da edição anterior (89,2%) e inferior aos 96,3% de jul/23. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS), da CNC, registrou o percentual de 91,2% de famílias endividadas no estado. Os dados foram coletados nos últimos dez dias do mês de junho em Porto Alegre e divulgados pela Fecomércio-RS.

Pelo segundo mês consecutivo, houve aumento no percentual de famílias endividadas pelo levantamento da PEIC. De maneira geral, houve uma piora do contexto. O quadro da PEIC-RS, antes da tragédia, esboçava uma trajetória de reação, em linha com o bom desempenho do mercado de trabalho, estabilidade inflacionária e alívio nas taxas de juros. Os dados de jul/24 parecem mudar essa trajetória.

PREOCUPAÇÃO

"Vamos ter que acompanhar os dados das próximas divulgações com bastante atenção. A piora do quadro já era esperada. Para muitos, neste momento, endividar-se é a única alternativa e o pagamento de contas passadas perde na disputa com outras prioridades. No entanto, é importante que, independentemente da motivação, o endividamento seja feito de forma consciente para que não estrangule o consumo futuro nem vire inadimplência.", comenta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

O percentual de famílias com contas em atraso foi de 38,0% e registrou aumento em relação ao mês anterior (34,2% em jun/24). Dessa forma, o percentual de contas em atraso voltou a crescer após 8 quedas sequenciais. O tempo de atraso no pagamento de dívidas vencidas foi de 31,8 dias e também teve alta na margem (30,9 dias em jun/24)

Já o percentual de famílias que não terão condições de quitar nenhuma parte das dívidas em atraso nos próximos 30 dias atingiu 3,3%, na segunda alta na margem consecutiva. Desde out/21, esse indicador não alcançava a casa dos 3,0%. Contudo, o patamar é ainda baixo. A manutenção desse indicador em patamares baixos tem sido importante para reduzir os riscos relacionados à persistência da inadimplência no mercado de crédito, fundamental na dinâmica do varejo.

Fonte: Rádio Guaíba

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