ViolĂȘncia no pleito de 2024 Ă© mais que o dobro da eleição passada

O carro em que estava uma candidata a vereadora do Rio de Janeiro foi cravejado de balas nessa quinta-feira (3) à noite.

Por Arlei Silveira (mtb 0020630) em 04/10/2024 às 14:36:57
Foto: Agência Brasil - EBC

Foto: Agência Brasil - EBC

O carro em que estava uma candidata a vereadora do Rio de Janeiro foi cravejado de balas nessa quinta-feira (3) à noite. Por estar em veĂ­culo blindado, ela conseguiu sobreviver ao atentado.

Em São Paulo, uma candidata à Câmara Municipal da capital teve seu carro atingido por 11 tiros. Ela não estava no veĂ­culo no momento do ataque, mas passou mal e chegou a ser levada ao hospital.

Em Sumaré, no Interior de São Paulo, dois homens atiraram contra o coordenador da campanha de um candidato a prefeito.

Os trĂȘs casos, ocorridos de ontem para hoje (4), são uma amostra da violĂȘncia que marca o pleito municipal deste ano, que jĂĄ registra um nĂșmero de casos como esses maior que o dobro em comparação às eleições passadas.

A impressão de que a violĂȘncia desta vez estĂĄ maior que nas eleições anteriores é confirmada pela 3ÂȘ edição da pesquisa "ViolĂȘncia PolĂ­tica e Eleitoral no Brasil", feita pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global, divulgada ontem (3).

O relatório revela que o aumento dos casos de violĂȘncia em 2024 é 130% superior aos das eleições de 2020. Se hoje são registrados 1,5 caso diĂĄrio de violĂȘncia polĂ­tica pelo paĂ­s, em 2020 o resultado era de uma ocorrĂȘncia a cada sete dias.

Segundo os dados do relatório, jĂĄ no inĂ­cio da campanha eleitoral eram registrados 1,5 caso de violĂȘncia eleitoral. No perĂ­odo da pré-campanha deste ano, foram 145 ocorrĂȘncias, como assassinatos, ameaças, atentados e outros tipos de violĂȘncia. No perĂ­odo pré-eleitoral de 2020 foram 63 casos oficialmente contabilizados, sendo 14 assassinatos, 15 atentados e dez ameaças.

A coordenadora da Terra de Direitos, Gisele Barbieri, disse que "desde a primeira edição da pesquisa é possĂ­vel identificar que em anos eleitorais hĂĄ um acirramento da violĂȘncia polĂ­tica. Nos casos registrados percebemos uma naturalização da violĂȘncia polĂ­tica, considerando os altos Ă­ndices de assassinatos, atentados e ameaças"

Conforme a coordenadora, "a pesquisa ainda identifica que a violĂȘncia atinge partidos de diferentes espectros polĂ­ticos e afeta as mulheres de maneira desproporcional".

Após o primeiro turno das eleições deste domingo (6), os dados do relatório deverão ser atualizados e divulgados. Se forem mantidas as ocorrĂȘncias atuais, o quadro deve ampliar ainda mais o nĂ­vel de violĂȘncia eleitoral no paĂ­s.

Destaques de violĂȘncia

Com o objetivo de analisar o contexto polĂ­tico-eleitoral, a partir do monitoramento de como a violĂȘncia polĂ­tica tem permeado as disputas a cada eleição, interferindo no processo democrĂĄtico, a série histórica revela que, de 1Âș de janeiro de 2016 e 15 de agosto de 2024, foram identificados 1.168 casos de no Brasil. O nĂșmero jĂĄ contabiliza os dados da nova edição, que analisa tipos de ocorrĂȘncia, perfil das vĂ­timas, casos por região e também por cor e raça.

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