As exportações do agronegócio brasileiro fecharam 2024 com queda de 1,3% no valor movimentado e com elevação de 3,4% no índice de volume exportado na comparação com 2023. Com um faturamento total de 164,4 bilhões de dólares, o segundo maior da série histórica desde 1997, o agro respondeu por 49% do crédito resultante dos embarques brasileiros, informou nesta segunda-feira, 8, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O principal segmento exportador do agronegócio, o complexo soja, atingiu 53,9 bilhões de dólares, uma queda de 19,8% em relação a 2023, representando 32,8% de participação nos recursos obtidos pela agropecuária nas operações comerciais com o exterior. De acordo com o Mapa, "a redução nas vendas do complexo soja e de cereais, consequência de uma menor safra e de preços internacionais mais achatados, foi compensada pelo incremento das exportações de segmentos tradicionais".
Carnes, por exemplo, com 26,2 bilhões de dólares, 11,4% a mais do que ano passado, contribuíram com 15,9% no faturamento geral. O complexo sucroalcooleiro (US$ 19,7 bilhões; +13,3%) respondeu por 12% da participação. Os produtos que tiveram maior crescimento no faturamento foram feijões secos (335,2 milhões de dólares, +164,2%), bovinos vivos (850,3 milhões de dólares, +74%) e algodão não cardado e não penteado (5,2 bilhões de dólares, +67,7%).
A China manteve a liderança como o principal destino das exportações brasileiras, somando US$ 49,7 bilhões, seguida pela União Europeia (US$ 23,2 bilhões) e pelos Estados Unidos (US$ 12,1 bilhões). Mercados como África (+24,4%) e Oriente Médio (+20,4%) também ganharam relevância, impulsionados pela retomada das relações diplomáticas e por ações de promoção comercial.
Em relação às importações de produtos do agronegócio, as compras externas aumentaram 16,2% em relação a 2023, atingindo US$ 19,3 bilhões. A produção do setor demandou a importação de insumos como fertilizantes (US$ 13,6 bilhões; -7,2% em valor e +8,2% em quantidade); defensivos (US$ 5,4 bilhões; -2,2% em valor e +36,8% em quantidade); nutrição animal (US$ 2,8 bilhões; -2,6% em valor e +1,0% em quantidade); e máquinas e implementos (US$ 1,3 bilhão; -2,6% em valor e +1,0% em quantidade).
Veja aqui a íntegra do relatório do Mapa.
Fonte: Rádio Guaíba