Produção de energia em alto mar deve mudar cenário do RS
A nova legislação que regula a exploração de energia elétrica no mar abre caminho para a instalação de novos parques eólicos no RS, o que deve fomentar o mercado industrial, com geração de empregos e atração de investimentos para os próximos anos.
A escolha por levar os grandes cataventos da terra para a área marítima demanda muito mais recursos e tecnologia. Porém, o vice-coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Sindienergia-RS, Odilon Francisco Pavón Duarte, explica que, mesmo assim, é vantajosa em razão da velocidade e da qualidade das rajadas, mais laminares e menos turbulentas. Além disso, elas não enfrentam obstáculos como na superfície terrestre, o que, por consequência, garante capacidade de transformar mais energia.
Duarte ainda observa que os ventos oceânicos têm grande potencial para diversificar a matriz energética nacional e também regional, contribuindo para a transição do uso de fontes fósseis e poluentes para limpas e renováveis. "Durante a geração de eletricidade, a emissão é praticamente nula", destaca.
Ou seja, o Rio Grande do Sul deve sediar usinas na costa para produzir energia elétrica de qualidade, com baixíssima emissão de gases do efeito estufa. Tudo indica que, nos próximos anos, o cenário do Litoral mude nas áreas que receberem os parques eólicos. A economia desses lugares também deve ganhar um promissor impulso.
Potenciais vantagens das offshores eólicas
- A energia eólica offshore contribuirá para a diversificação da matriz energética brasileira, reduzindo a dependência de fontes fósseis e aumentando a segurança energética.
- A instalação e operação de parques eólicos offshore gerará milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia.
- A nova legislação atrairá investimentos estrangeiros para o setor energético brasileiro, fortalecendo a economia e gerando mais divisas.
- A produção de energia eólica no oceano contribuirá para a redução de emissões de gases do efeito estufa, ajudando o país a cumprir metas climáticas.
- A legislação estabelece diretrizes para a exploração sustentável dos recursos marinhos, buscando minimizar os impactos ambientais e sociais.
- A previsão é de participação de empresas brasileiras e de comunidades locais nos projetos offshore, incentivando o desenvolvimento regional.
Fonte: Correio do Povo