Escassez e má distribuição de chuvas afetam regiões gaúchas

Por Regional 24 Horas em 17/01/2025 às 11:12:06
Schwerz (à esquerda) visitou região de Santa Rosa para verificar lavouras de soja | Foto: Júlia Soares

Schwerz (à esquerda) visitou região de Santa Rosa para verificar lavouras de soja | Foto: Júlia Soares

O município de Santa Rosa é um exemplo da falta e má distribuição de chuva no Rio Grande do Sul. O presidente Emater/RS-Ascar, Luciano Schwerz, esteve no município, ontem, verificando as lavouras de soja e participando do Fórum Permanente de Combate à Estiagem. Conforme o dirigente, deveria ter chovido no início de novembro até o dia 15 de janeiro em torno de 450 milímetros.

"Esse é o normal para a região, mas choveu apenas 250 milímetros. O déficit é de 200 milímetros e com má distribuição", pontuou.

Schwerz acrescenta que a baixa disponibilidade de água associada com a alta luminosidade, o calor intenso e as condições de solo com algumas restrições físicas e químicas têm gerado um cenário de perdas de potencial produtivo. A Emater/RS-Ascar está fazendo uma rodada de visitas para apresentar a situação ao governo do Estado.

Schwerz destaca que em torno de 30% das lavouras de soja estão em fase de enchimento de grão e floração, que é o momento mais crítico da planta e com mais demanda hídrica diária.

"Essa fase tem uma intensificação dos danos e sintomas da estiagem. A planta começa a organizar um sistema natural de defesa abortando folhas, grãos, flores, para se proteger e tentar perpetuar a espécie", explica.

Alerta, também, que o prognóstico climático para fevereiro é de continuidade de chuvas abaixo da média, principalmente nas regiões das Missões, Fronteira Oeste, Central e Sul.

Pecuaristas da região Central e Fronteira Oeste estão sendo impelidos a vender mais cedo o gado para o abate. Segundo o Instituto Desenvolve Pecuária, o motivo é a falta de oferta de alimentos para os seus rebanhos, em virtude da estiagem. A presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária, Fernanda Costabeber, detalha que o verão é uma época tradicional com um campo nativo de boa qualidade para o gado. "Em função da falta de chuva essas pastagens não estão se recuperando, forçando os produtores a venda (do gado)", explica. Conforme Fernanda, os produtores tomam essa decisão mesmo faltando um pouco da quantidade de gordura ideal dos animais para o abate.

A presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária complementa que essa época do ano não era para ocorrer esses abates.

"Estamos, inclusive, com escassez de animais, mas os produtores estão antecipando porque é melhor enviá-los para os abates do que o gado perder peso por falta de alimento", pontua.

Segundo ela, ainda não é possível dar números desse movimento. "Mas há um aumento das escalas de animais enviados para abate, com pouco acabamento de gordura", garante.

Fonte: Correio do Povo

Comunicar erro
02

Comentários

03
Universitarias Club Goiania
Buscar acompanhantes:
{"titulo":"Quer receber notifica\u00e7\u00f5es em tempo real e n\u00e3o perder nenhuma not\u00edcia importante?","subtitulo":"Voc\u00ea pode cancelar quando quiser","cor":"#CA0A00","botao":"Aceito","logo":"https:\/\/regional24h.com.br\/hf-conteudo\/uploads\/layout\/logo_aac869f9fea7f5fa08d02afd0dabd940.png"}