O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou o homem que matou a tiros a ex-companheira no dia 27 de janeiro deste ano em frente ao hospital de São Francisco de Assis, na Fronteira Oeste. O promotor de Justiça César Augusto Pivetta Carlan, responsável pela denúncia, diz que o investigado, de 26 anos de idade, responde pelo feminicídio de Paola Muller, de 32 anos, por questões de gênero em si em um contexto de violência doméstica, por motivo torpe, emboscada, perigo comum e na presença do filho da vítima.
A vítima foi assassinada porque o ex-companheiro estava descontente com decisão judicial de 22 de janeiro, cinco dias antes do crime, em que perdeu a guarda provisória do filho de seis anos de idade. A mulher tinha medida protetiva do dia 23 de janeiro contra o seu ex-companheiro, que premeditou o delito. Na manhã de 27 de janeiro, ele foi até a casa de Paola em uma moto e encontrou ela na carona do carro de um amigo, responsável por conduzi-la justamente por questões de segurança.
O criminoso desceu da moto e disparou seis tiros contra a mulher. Ela foi socorrida e levada para um hospital, mas o homem seguiu o carro e, na frente da instituição de saúde, atirou mais seis vezes contra Paola. Ela morreu no local e ele, após fugir do local, foi preso posteriormente. As câmeras de segurança do hospital gravaram o crime.
"Sobre a morte de Paola, a barbárie foi tamanha que o crime repercutiu inclusive nacionalmente. Posso afirmar com convicção que esse crime mostra o que há de pior na sociedade, considerando a existência de algumas manifestações em postagens nas redes sociais defendendo a prática do feminicídio, o que não pode ser de maneira nenhuma admitido. Esse crime acendeu mais um alerta, de que não podemos ignorar os altos índices envolvendo violência doméstica", diz Carolina Reinheimer.