Após mais de nove meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), os dois astronautas "presos" no espaço iniciaram a viagem de retorno para a Terra na madrugada desta terça-feira (18), encerrando uma prolongada missão que atraiu atenção mundial.
Butch Wilmore, de 62 anos, e Suni Williams, de 59, chegaram ao laboratório orbital em junho de 2024 no primeiro voo tripulado do Starliner da Boeing, uma viagem de ida e volta que deveria durar apenas oito dias.
No entanto, a nave espacial apresentou problemas de propulsão e a Nasa decidiu devolvê-la à Terra sem tripulação. Nove meses depois, Wilmore e Williams finalmente se preparam para seu retorno.
Uma nova equipe com dois astronautas da Nasa, Anne McClain e Nichole Ayers; um japonês, Takuya Onishi; e o cosmonauta russo Kirill Peskov, saiu na sexta-feira do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e chegou no domingo à ISS.
Os novos residentes entraram por uma pequena porta na estação e foram recebidos com sorrisos e abraços.
Após a despedida dos tripulantes que permanecem na ISS, o quarteto entrou na cápsula e fechou a escotilha às 3h05 GMT (0h05 de Brasília), antes de seu desacoplamento duas horas depois.
Se não houver contratempos, a cápsula Dragon abrirá seus paraquedas na costa da Flórida e fará um pouso no mar, para depois receber assistência de um barco que resgatará a tripulação. A estadia de Wilmore e Williams supera o tempo padrão de seis meses para a rotação da tripulação da ISS, mas ocupa o sexto lugar entre as missões americanas de maior duração.
O recorde mundial de dias consecutivos no espaço pertence ao cosmonauta russo Valeri Polyakov, que entre 1994 e 1995 passou 437 dias a bordo da estação Mir.
A história dos astronautas presos despertou grande interesse e também se tornou uma questão política.
O presidente americano Donald Trump e seu colaborador Elon Musk, CEO da SpaceX, sugeriram várias vezes que o ex-presidente Joe Biden abandonou os astronautas à própria sorte e rejeitou um plano de resgate anterior.
Fonte: Correio do Povo