Foto: Agência Brasil - EBC
O Ășltimo boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de XanxerĂȘ, e atualizado até as 14h desta segunda-feira (17), indica 107 casos confirmados de chikungunya, sendo 107 autóctones, quando a infecção acontece dentro do próprio municĂpio, ou seja, não foi trazida de fora.
A segunda morte pela doença foi confirmada no inĂcio da semana. Trata-se de uma mulher de 85 anos de idade que estava internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional São Paulo desde o dia 9 de março.
"A vĂtima era moradora do bairro Tonial. A coleta de material para exame foi feita no dia 10 de março, o qual deu positivo para chikungunya. A paciente apresentava comorbidades", informou a prefeitura em nota.
"A vigilância epidemiológica reforça a importância dos cuidados por parte de toda população, mantendo seus ambientes limpos e sem ĂĄgua parada. Além disso, é imprescindĂvel o uso de repelente", alerta o comunicado.
Em caso de sintomas suspeitos, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saĂșde para avaliação ou mesmo utilizar o serviço de telemedicina no intuito de agilizar o diagnóstico, por meio do link da Prefeitura de XanxerĂȘ.
A chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fĂȘmeas infectadas do gĂȘnero Aedes. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vĂrus é o Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue.
O vĂrus chikungunya foi introduzido no continente americano em 2013, quando provocou uma importante epidemia em diversos paĂses da América Central e ilhas do Caribe.
No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do AmapĂĄ e da Bahia. Atualmente, todos os estados registram transmissão da doença.
De acordo com o Ministério da SaĂșde, em 2023 ocorreu uma importante dispersão territorial do vĂrus no paĂs, sobretudo em estados da Região Sudeste. Até então, as maiores incidĂȘncias de chikungunya observadas no Brasil concentravam-se no Nordeste.
As principais caracterĂsticas clĂnicas da infecção são edema e dor articular incapacitante. Também podem ocorrer manifestações extra articulares. Os casos graves de chikungunya podem demandar internação hospitalar e evoluir para óbito.
O vĂrus também pode causar doença neuroinvasiva, caracterizada por agravos neurológicos como encefalite, mielite, meningoencefalite, sĂndrome de Guillain-Barré, sĂndrome cerebelar, paresias, paralisias e neuropatias.
O Ministério da SaĂșde lista como principais sintomas da chikungunya:
A pasta destaca ainda que a doença pode evoluir em trĂȘs fases: