Colheita na região Central do RS sofre com acamamento do arroz

Por Regional 24 Horas em 23/04/2025 às 09:42:37
Parte da lavoura de arroz tombou devido ação do vento ou excesso de umidade, trazendo problemas para os orizicultores | Foto: Federarroz

Parte da lavoura de arroz tombou devido ação do vento ou excesso de umidade, trazendo problemas para os orizicultores | Foto: Federarroz

Na reta final da colheita do arroz, realizada em mais de 71,31% da área cultivada, as chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul podem afetar a produtividade do cereal por causa do acamamento na lavoura orizícola - quando as plantas tombam por ação do vento ou excesso de umidade.

Na região Central do Estado, a preocupação é maior, segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), Alexandre Velho.


Conforme divulgado pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga), em fevereiro, na Abertura Oficial da Colheita do grão, a região Central do Estado plantou 123,7 mil hectares, um acréscimo de 4,82% em relação ao ciclo de plantio anterior. A semeadura, entretanto, foi realizada mais tardia do que no restante do Estado, em virtude das consequências da enchente histórica em maio de 2024.

"A região está mais atrasada e há produtores que faltam mais da metade (das suas lavouras) para colher. Preocupa porque já tiveram problemas nas últimas safras ou pelo excesso de chuvas ou estiagem nos últimos três anos", afirmou.

Velho explica que, por enquanto, não há números sobre a redução na produtividade, em geral, para o Estado, em virtude do acamamento do arroz. Mas assegura que as perdas são certas. "A lavoura deitou e com isso eu tenho uma dificuldade bastante grande para fazer a colheita e há perdas tanto pela (planta) ficar na umidade e quanto por atrair muitas aves comer os grãos", detalhou, referindo-se que a combinação das chuvas e do vento das últimas duas semanas trouxe o problema para os orizícolas. "Em alguns municípios foi acima de 200 milímetros", pontuou.
O presidente da Federarroz acrescenta que o fato é inquietante para os 29% de área que faltam ser colhidos em todo o Estado, pois o plantio desta safra teve um custo muito elevado.

"Então, se tu tinhas 180 sacos para colher por hectare pode reduzir para 150/130/100 sacos por hectare. Vamos ter uma quebra significativa nessa fase final", concluiu.

No Estado foram mais 970,1 mil hectares de arroz semeado, área 7,8% maior que na safra passada, quando foram semeados pouco mais de 900,2 mil hectares.

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