Advogados que movimentaram R$ 50 milhões em fraudes contra aposentados são alvo de operação no RS e SP

Por Regional 24 Horas em 08/05/2025 às 09:53:02

Um grupo de 14 pessoas, sendo nove advogados, foi alvo da Polícia Civil nesta quinta-feira. Os suspeitos teriam fraudado procurações judiciais para contratar empréstimos em nome de clientes e lesar instituições financeiras. A ofensiva, batizada de Operação Malus Doctor, é da 2º DP de Porto Alegre.

De acordo com a apuração policial, o esquema movimentou R$ 50 milhões. A maior parte das vítimas são idosos e pessoas aposentadas que buscavam os advogados na esperança de renegociar juros de empréstimos junto a instituições financeiras.

As diligências somaram 35 mandados de busca e apreensão, executados na Capital, em Glorinha, na Região Metropolitana, e em Xangri-lá, no Litoral Norte. Todos os investigados tiveram o exercício da advocacia suspenso.

O delegado Vinícius Nahan, titular da 2º DP, afirma que os suspeitos ajuizaram mais de 145 mil ações judiciais potencialmente fraudulentas, sendo 112 mil no Rio Grande do Sul e cerca de 30 mil em São Paulo. O principal advogado investigado, líder do grupo, é apontado como responsável por aproximadamente 47% de todas as ações movidas contra instituições bancárias no Tribunal de Justiça do RS, sendo o quinto maior litigante da entidade.

Ainda de acordo com Nahan, outra parte dos investigados são representantes de uma empresa e abordam pessoas em situação de vulnerabilidade com promessas de revisar judicialmente cobranças abusivas em empréstimos consignados, mediante honorários de 30% sobre os valores "recuperados".

Após obterem os documentos dos clientes, o advogado investigado ajuizava ações revisionais contra instituições financeiras. Posteriormente, os clientes recebiam valores em suas contas e, acreditando serem decorrentes das ações, repassavam parte à empresa. No entanto, os depósitos eram oriundos de novos empréstimos contratados sem o consentimento dos titulares. Ao perceberem descontos indevidos em seus benefícios previdenciários, as vítimas constatavam a fraude e não conseguiam mais contato com a empresa.

Fonte: Rádio Guaíba

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